segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Endometriose x Fertilidade

Muitas são as dúvidas e opiniões sobre este assunto, pois cerca de 40% das mulheres com endometriose são inférteis, mas nem todas terão dificuldades durante a gestação.

Vejamos as teorias sobre o assunto:

  • A endometriose pode causar cicatrizes e e aderências que "grudam" nos órgãos, tirando-os da sua posição habitual.
Esta situação dificulta que as tubas uterinas captem o óvulo liberado pelo ovário e também podem haver aderências internamente, nas tubas uterinas, impedindo assim o contato do óvulo com os espermatozoides.

  • O sistema imunológico das mulheres com endometriose não funcionam corretamente.
Uma falha no mecanismo de defesa do corpo da mulher aaba atacando os espermatozoides e o embrião, impedindo a concepção e o desenvolvimento da gestação.

  • O fluido peritonial das mulheres com endometriose contém substâncias tóxicas que atrapalham a fertilidade.
Estas substâncias atrapalham em vários momentos a reprodução: causa alterações tubárias, na captação do óvulo e até mesmo na ovulação.

  • Mulheres com endometriose possuem alteração dos hormônios.
Alterações no nível de FSH atrapalham diretamente a fertilidade.


A Endometriose é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento.
Infelizmente o diagnóstico é difícil e ás vezes muito demorado.

Se você tem alguns desses sintomas, procure seu médico ginecologista:
Cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação
Dor pré-menstrual
Dor durante as relações sexuais
Dor difusa ou crônica na região pélvica

Outros sintomas:
Fadiga crônica e exaustão
Sangramento menstrual intenso ou irregular
Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação
Dificuldade para engravidar e infertilidade


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A minha gravidez de Gêmeas! Meu mundo é ROSA!

Olá minhas leitoras queridas, tudo bem?
 
Em primeiro lugar, desculpem o sumiço, mas aconteceram tantas coisas ultimamente que vcs nem podem imaginar, vou tentar dar uma resumida...
Para começar eu engravidei! isso mesmo!
Vou contar abaixo como tudo aconteceu:
Bem, depois de todos aqueles exames que contei em posts anteriores que minha médica me passou pra ver se estava tudo bem comigo, finalmente no ciclo de maio ela me autorizou a voltar às tentativas para engravidar, já que meu endométrio apresentava um ótimo tamanho para que eu pudesse tentar engravidar na última US feita durante a fase lútea, bom como vcs sabem eu já tinha engravidado na primeira tentativa no ciclo de fevereiro deste ano, então estava bem ciente que seria praticamente impossível isso acontecer de novo, já que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar né? Sei que naquele dia mesmo cheguei em casa e contei para o marido que a médica tinha liberado para voltarmos aos treinos e desde então abandonamos os outros métodos anti-concepcionais que eu estava utilizando enquanto fazia os exames pedidos pela médica.
Por incrível que pareça engravidei já no primeiro ciclo novamente, foi no mês de maio, e fiquei sabendo do positivo no final de junho, eu acreditava que minhas chances de engravidar nesse ciclo eram muito pequenas, primeiro porque treinei nos dias errados (3 dias antes e um dia depois da ovulação) depois porque como achava que não estava no período fértil me lavei logo após os treinos, e em terceiro eu peguei uma gripe muito forte e tomei vários remédios pra gripe, então achava que realmente nào tinha nenhuma chances, só senti estranho alguns sintomas que senti... no quinto e no sexto DPO (dia pós ovulação) eu senti muito calor, como era junho na época não estava o calor que está agora, a temperatura estava em torno dos 23 - 24 graus, mas eu não aguentava de calor, chegava a passar mal, medi minha temperatura durante o dia e chegava quase aos 38, e eu achando que era uma febre fraca causada pela gripe, a gripe passou mas a temperatura e ondas de calor continuaram fortes... no 8o DPO durante a noite, me lembro que era uma sexta a noite, eu comecei a sentir uma pressão muito forte no pé do útero, era diferente de cólica, mas incomodava muito, resolvi me deitar pra ver se passava, já na certeza de que a menstruação iria adiantar alguns dias neste ciclo, enfim, demorou umas duas horas mas o incomodo acabou passando e eu consegui dormir. No dia seguinte, ao me levantar fui ao banheiro e ao passar o papel higiênico vieram duas gotinhas de sangue vermelho claro, nesse momento tive a certeza que era a menstruação chegando... coloquei um protetor higiênico pois pra mim sempre vem pouquinho mesmo no primeiro dia e fui fazer tudo o que tinha que fazer, andei muito naquele dia, mesmo porque era sábado e tivemos que procurar presente de aniversário pro meu cunhado no shopping, uma tarefa nem sempre muito fácil kkkk andamos muito e no final do dia senti que algo tinha saído de mim, fui ao banheiro do shopping e tinha uma mancha no protetor higiênico a cor era caramelo claro, troquei o protetor e segui com meu dia normalmente, numa canseira sem fim, parece que tava tudo tão difícil, não consegui acompanhar meu marido caminhando no shopping não via a hora de parar, e deitar um pouco... à noite a pressãozinha no pé do útero voltou novamente mas com menor intensidade, achei que no dia seguinte a monstra finalmente desceria de vez...
O domingo chegou, mas a menstruação não, nesse dia não vi nada no protetor nem sangue, nem spotting caramelo, nada mesmo. O dia passou bem, mas a canseira era grande, e achei que era do dia anterior, esperei que a monstra viesse na segunda, que seria já o 11 DPO, e na segunda assim como no sábado acabei vendo uma mancha caramelo no protetor, essa mancha apareceu no período da manhã e desapareceu no resto do dia, e o mesmo aconteceu na terça, mancha de manhã e nada no resto do dia, à essa altura eu num tava entendendo mais nada, essa menstruaçào iria vir ou não???? continuava sentindo muito calor (não tanto quanto no 5 e 6o DPO mas ainda assim era muito calor), a minha TB (temperatura basal ao acordar) continuava alta, sempre acima de 37 e os spottings pareciam não querer evouluir para menstruação de verdade.
Resolvi fazer um teste de farmácia na terça feira, ainda era o 12DPO mas como eu tava muito confusa resolvi arriscar, e deu negativo, não apareceu nem sequer uma sombrinha, então realmente vi que não podia ser gravidez, mas a menstruação não vinha, apesar das coliquinhas continuarem diariamente, no 15 DPO resolvi então fazer um teste de sangue, fui ao laboratório e pedi para fazer um beta HCG quantitativo, pagando particular mesmo e para minha surpresa total, deu positivo valor em torno de 130, sendo que acima de 25 já seria positivo! Eu realmente estava GRAVIDA!!!
Fiquei toda atrapalhada nesse dia, pensava em como contar pro marido, eu tinha saido meio escondida dele pra fazer o teste, pois so queria contar pra ele quando tivesse resultado, sei que cheguei em casa abri o armario e acabei quebrando um frasco de pimenta no chao, meu cachorro veio e lambeu, no final do dia ele ficou com problemas intestinais e tive que leva-lo ao veterinario, enfim, tudo aconteceu nesse dia, mas eu tinha meu positivo e nada mais me incomodava! Contei pro marido que tinhamos conseguido novamente ja na primeira tentativa e ele nem acreditava de tanta alegria, ficamos super surpresos, e mal sabiamos que esse era apenas o incio das surpresas que ainda estavam por vir...
No começo não falei pra ninguém da gravidez, eu e marido resolvemos ficar bem quietinhos já que eu já tinha tido um aborto com 5 semanas anteriormente, em fevereiro deste ano, entao apesar de termos muita vontade de anunciar aos 4 ventos, achamos mais prudente guardarmos esse segredo. Enfim, acabei me afastando um pouco de tudo, do blog dos e-mails, dos forums, enfim, de tudo o que fala de gravidez, porque na verdade queria contar pra todo mundo e não podia, tinhamos combinados que esperaríamos até as 12 semanas pelo menos pra abrir pras pessoas... na verdade, acabamos contando pra familia mesmo somente com 14 semanas (antes disso somente os vovos e titios ficaram sabendo) por isso deixei de escrever no blog porque teria que contar sobre a gravidez como parte da minha história... 
Bom, quando estava com 6 semanas comecei a passar muito mal, muito enjoo, vomitando demais... minha médica estava num congresso e resolvi ir em uma outra medica e pagar particular mesmo, ela achou estranho eu estar passando tão mal e pediu pra eu fazer um ultrassom pra ver se tava tudo bem, fiquei super preocupada e tensa pra fazer esse ultrassom, com muito medo de aparecer algo ruim, eu sabia que nao era normal passar mal do jeito que eu estava, nesse dia eu estava com exatas 6 semanas e 4 dias.
Fiz o ultrassom, o médico foi lá examinou e eu olhando tudo na tela, mostrou o saco gestacional, a visicula vitelinica e o bebezinho com 0,5cm na verdade era só uma bolinha, um coraçãozinho que pulava... e ja era pra mim, a coisa mais emocionante do planeta! Logo no início da us eu falei pro médico que a médica GO tinha me pedido para fazer o ultrassom lá porque eu estava passando muito mal, então ele já estava ciente que devia procurar algo, entao num determinado momento do ultrassom ele virou e disse: "achei" e eu assustada perguntei: "achou o que doutor? tem algo errado?" aí ele disse: "achei o motivo de vc estar passando tão mal" e eu já vim com um "ai meu Deus! o que é doutor???" foi aí que ele, na maior calma do mundo só falou assim: " é que são dois!" meu marido estava junto comigo e quase caiu de costas! Aí eu, ainda sem acreditar: "dois bebes? o segundo também está bem?" ele foi lá, analisou e disse que estava tudo certinho sim! O que foi um alivio enorme, e por alguns instantes até esqueci que tava passando mal, pensava somente nessas vidinhas crescendo dentro da minha barriga.
Continuei passando mal e a médica me passou vários remédios pra testar, mas nenhum fez efeito, e minha médica depois de voltar do congresso disse que gravida de gêmeos passa muito mal mesmo, e que nao tem o que fazer, podia tentar os remédios mas num era garantido. Realmente nenhum remédio fez efeito e eu fiquei trancada em casa indo da cama pro banheiro até completar 12 semanas, depois comecei a melhorar, com 14 ainda vomitava mas foi diminuindo a frequencia, até hoje que estou completando 22 semanas ainda sinto enjoos mas sào mais leves e raramente vomito (raramente pra mim é uma vez por semana mais ou menos kkkk) mas pra quem vomitava 8 vezes por dia, está ótimo né? 
Além de passar tão mal, ainda tive dois sangramentos, o primeiro com 8 semanas e o segundo com 9 semanas, minha médica passou progesterona que tomo até hoje, e vou tomar a gestação inteira, posso dizer que foi muito desesperador cada um dos sangramentos, apesar de terem vindo só umas 2 gotinhas cada vez, na época o ultrassom acusou um descolamento da placenta e a progesterona graças a Deus ajudou a cola-la no lugar de novo.
Depois disso, com 13 semanas o ultrassom de Translucencia Nucal acusou que um dos bebes tinha a TN aumentada, e aí é que eu num tinha coragem mesmo de contar pra ninguém sobre a gravidez, pois poderia acontecer de perder um dos bebes se ele tivesse algum problema grave mesmo de saúde, e isso podia afetar o outro bebe, entao passei por outro drama, o de ter que escolher se iria fazer a biopsia vilo corial pra ver se o bebe realmente tinha alguma cromossomopatia ou não. O exame e muito invasivo, um medico coloca uma agulha na barriga que vai ate a placente e recolhe uma amostra do sangue, esse exame tem que ser feito até as 18 semanas, e conversei muito com meu marido e decidimos não fazer, decidimos aceitar esse bebe do jeito que ele viesse, com sindrome de down, ou qualquer outra, tanto faz, esse bebe já era amado demais pra arriscarmos a vida dele mesmo que as chances de acontecer algo fosse de apenas 1%, é uma chance pequena de aborto, mas para a vida de um filho, e no meu caso dois, era muita coisa esse valor de 1% , entào conversei com minha médica e não fiz o exame.
Ficamos ansiosamente só esperando pela morfológica de segundo trimestre, pra ver o que iria aparecer ja que se realmente o bebe tivesse algum problema o ultrassom com certeza indicaria alguma alteracao. Fiz a morfológica nessa semana e graças a Deus elas estào as duas bem! Sem nenhum sinal, nehum marcador alterado, nenhum sinal de problema, estão crescendo e engordando muito bem, tanto que o médico disse que elas estão uma semana adiantadas, ao invés de estarem com tamanho de 21 semanas, já estavam com tamanho de 22 semanas, o que é muito raro pra gêmeos que geralmente crescem menos que bebes únicos. Tambem conseguimos descobrir o sexo, ja que ate entao so sabiamos que tinhamos uma menina, mas nao sabiamos se o outro bebe era menina, ou menino, e foi lindo demais ver que meu mundo e rosa e que minhas bonecas estao muit bem...
Bom, agora estou um pouco mais tranquila pra curtir um pouco mais essa gravidez, que até o momento foi bem tensa!
E esta e a minha historia ate o momento! Volto pra contar mais sobre a gravidez!
 
Desculpem mais uma vez pelo sumiço!
 
Rubi

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

ESTOU GRÁVIDAAAAAAA !!!!!!

Olá amigas e companheiras do Blog!
É isso mesmo que vocês leram no título, depois de 14 anos de espera, inúmeras indicações para FIV, vários médicos desesperançosos e muitas vitaminas, eu estou GRAVIDÍSSIMAAAA!!!!

Descobri essa maravilhosa benção no último dia 10/10, 1 dia antes de menstruar, ou seja, antes da hora...como me conheço muito bem e acompanho o ciclo com gráficos, percebi logo. Fiz o teste de urina e positivo, fiz o beta e positivooooooo!!!!!

Estou na 6a semana de gestação, só para vocês terem uma idéia, a minha ficha ainda não caiu, tanto que já fiz 5 Beta HCG, 4 testes de farmácia e uma Ultra com 5 semanas, onde vi o saco gestacional, a vesícula vitelínica e o corpo lúteo.

Estou preparando um post com todos os detalhes, com tudo que fizemos até aqui, como tudo aconteceu e deixarei todos vocês atualizados. Mas já vou adiantando: NUNCA DESISTAM!!!! Eu sou a prova viva e falante que MILAGRES acontecem sim e que as vitaminas ajudam muito.

Amanhã irei fazer minha US para ver e ouvir o coraçãozinho do meu pimpolho, neste final de semana irei postar tudo, o teste de farmácia, o beta e a ultra. Vocês vão gostar!!!

Deixo por enquanto um grande beijo a todas, desejo muita sorte e lembrem-se: PARA DEUS NADA É IMPOSSÍVEL!!! Sou esposa de um homem que possui apenas um testículo, que tem varicocele e não operou e que tinha baixa motilidade, morfologia e quantidade de espermatozoides.

Domingo eu posto tudo, mas já adianto algumas fotos!!!

Um beijo a todos!!!

Cristal

cristalqueroengravidar@gmail.com


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

OVULAÇÃO - IMAGENS

Olá pessoal.

Resolvi compartilhar com vocês estas imagens LINDAS tiradas durante uma videolaparoscopia.
Bem no exato momento em que a microcirurgia (era uma histerectomia parcial) foi feita a mulher (de 45 anos) estava ovulando, e o momento foi registrado pelo médico!

O médico era o ginecologista belga dr. Jacques Donnez, da Universidade Católica de Louvai.
Nas imagens, é possível ver o óvulo emergindo do folículo, um saco vermelho cheio de fluidos localizado nos ovários (área clara). Ao ser expelido, o óvulo vem envolvido em uma espécie de gelatina amarela contendo células. Ele então entra nas trompas de falópio e é levado até o útero.
Antes destas fotos se achava que a ovulação era como uma "explosão" que ocorria para liberar o óvulo, mas o dr. Donnez disse que esta que foi um processo lento e demorou pelo menos 15 minutos para liberar o óvulo.

É realmente uma das imagens mais lindas que eu ja vi e eu não fazia idéia que era assim que acontecia.

Vejam abaixo:

As setas brancas e a letra F mostram o ovário, o S é o folículo e a seta preta é o óvulo sendo liberado junto com a camada que o protege.

Seta mostrando o óvulo sendo liberado

Quase saindo...

Óvulo quase caindo e líquido do interior do folículo rompido solto na cavidade abdominal

Lindo demais não?
Olhem como o folículo é literalmente uma bolota que se rompe! Parece um machucado no ovário. Imaginem isso todos os meses acontecendo conosco meninas? Benditos ovários guerreiros! hehehe

O que acharam?
Grande abraço a todos!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A OBESIDADE E A INFERTILIDADE

O excesso de peso também desequilibra hormônios, como a testosterona e o estrógeno, e pode interferir com a capacidade de gerar filhos

Por Regina Célia Pereira | Ilustração Erika Onodera

“O aumento de peso interfere na produção e na atuação dos hormônios sexuais”, afirma o endocrinologista Marcello Bronstein, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Entre as mulheres obesas é mais comum ocorrer a síndrome dos ovários policísticos (SOP), mal que pode atrapalhar a ovulação e prejudicar a capacidade de ter filhos. Estima-se que a obesidade ocorra em 35% das pacientes com SOP. Além disso, a gordura em demasia leva à produção exagerada de um tipo de estrógeno pouco funcional e que é chamado pelos médicos de estrona, o que dificulta engravidar.




Os homens também sofrem alterações, conforme o ponteiro da balança sobe. Neles há diminuição nos níveis de testosterona, hormônio crucial para a fertilidade. Por outro lado, a ciência mostra que fazer as escolhas certas no menu é de grande valia para quem deseja deixar descendentes. Além de caprichar no consumo de frutas e hortaliças, cheias de compostos fenólicos, deve-se incluir na dieta o azeite e os peixes como o salmão, que fornece boas doses de ômega-3. Essa receita comprovadamente afasta o fantasma da infertilidade.



Esta foi a matéria que encontrei no site http://saude.abril.com.br/emagrece-brasil/obesidade-infertilidade.shtml
Um site muito bom aliás. Recomendo.

Já tive amigas que eram obesas (algumas nem obesas eram, mas tinham sobrepeso) e não ovulavam. Foi só começar a emagrecer que engravidaram.
E esta pesquisa mostra que a obesidade também interfere na fertilidade masculina.

Ou seja, todo mundo, bora se movimentar e começar a comer coisas mais saudáveis, não somente para emagrecer, mas também para suprir o organismo de nutrientes importantíssimos para o bom funcionamento dos órgãos e que vai nos ajudar a ter bebês mais rápido e mais saudáveis!

Um grande beijo a todos!

domingo, 26 de agosto de 2012

O ESTRESSE E A INFERTILIDADE

Boa tarde!
Voltando depois de algum tempo sem novidades no blog, vamos retomando aos poucos o rítmo ok?
Começando com uma pesquisa publicada no site da g1.com que prova aquilo que a gente sempre escuta das pessoas -"Relaxa que vc engravida!", e que nós sabemos, não é nada fácil.

Estudo Brasileiro sugere tratamento para infertilidade causada por estresse

Um estudo feito no Brasil dá indícios de como medicamentos podem reverter a infertilidade feminina causada pelo estresse. O potencial tratamento, testado em ratos de laboratório, age sobre um hormônio relacionado ao estresse.
O chamado estresse crônico, aquele que acontece por um longo período, pode fazer com que a mulher deixe de ovular. É uma forma que a natureza encontrou de reduzir a fertilidade nessas situações, para evitar que a fêmea fique grávida em um ambiente hostil – os animais sofrem estresse quando têm poucas fontes de alimento, por exemplo.
Entre os humanos modernos, o estresse tem outras origens, como problemas no trabalho, mas a infertilidade segue como uma consequência indesejada. A pesquisa desenvolvida na Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto surge como uma esperança de tratamento para esses casos. 

Estresse agudo
Apesar de buscar uma maneira de reverter a infertilidade causada pelo estresse crônico, o estudo trabalhou também com outro tipo de estresse – o agudo. É o que acontece quando a mulher passa por uma situação de grande tensão.
Embora ainda não haja um consenso entre os cientistas, há evidências de que esse tipo de estresse acelera o processo de ovulação. Nessas situações, o corpo libera uma quantidade muito grande de um hormônio chamado CRH (sigla em inglês para "hormônio liberador de corticotrofina").
A carga excessiva do CRH afeta a ação de vários outros hormônios do corpo, incluindo os sexuais. Isso faz com que a ovulação ocorra um ou dois dias antes do normal. Ou seja, o estresse agudo até aumenta – temporariamente – a fertilidade da mulher.
Na experiência com as ratas, os pesquisadores da USP mostraram que a ovulação é antecipada quando já está relativamente próxima. Se a fêmea já tiver ovulado naquele ciclo menstrual, não muda nada.
Isso explica porque a chance de fecundação é até maior em caso de um estupro, por exemplo, ao contrário do que afirmou o congressista americano Todd Akin, em um debate sobre aborto no início da semana. Dias depois de dizer que “se for um verdadeiro estupro, o corpo da mulher tenta por todos os meios bloquear isso”, Akin pediu desculpas pela frase.
“Não adianta, mesmo a mulher não querendo, o corpo libera o óvulo”, esclareceu Guillermo Traslaviña, pesquisador colombiano que é um dos autores do estudo da USP.

A pesquisa
Traslaviña usou um medicamento chamado Antalarmin, “muito útil para doenças em que o sistema de estresse é muito ativo”. Esse medicamento bloqueia receptores do CRH, o que neutraliza a ação desse hormônio. 
As ratas foram colocadas na mesma situação de estresse agudo que as tinha feito ovular. Porém, quando tomaram esse remédio, isso não aconteceu.
“Psicologicamente, ela [a rata] continua tendo um estresse grande”, explicou o pesquisador. No entanto, o tratamento fez com que o estresse não tivesse influência sobre a fertilidade das fêmeas.
Pensando em seres humanos, não seria muito útil ter um tratamento para evitar a ovulação do estresse agudo, até porque esse tipo de situação é imprevisível. Mesmo em um caso de estupro, a pílula do dia seguinte seria bem mais indicada.
Por isso, a ideia dos pesquisadores é adaptar a descoberta para o outro tipo de estresse.
“O ponto agora é tentar fazer modelos novos com estresse crônico, que é uma coisa mais aplicada, para ver se faz o mesmo efeito”, afirmou o autor. O CRH também está ligado ao estresse crônico.

Tadeu Meniconi
Do G1, em São Paulo


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/estudo-brasileiro-sugere-tratamento-para-infertilidade-causada-por-estresse.html

E então? Vale apena tentar relaxar enquanto não sai este remedinho "milagroso" não?
Fazer uma atividade física, um hobbie pra distrair a mente.
Me contem o que vocês normalmente fazem para abaixar o nível de estresse nos comentários.
Beijos e até breve.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Fertilização in vitro - O Processo

Se a infertilidade já é uma certeza, a fertilização in vitro  poderá ser uma solução. 
Este método implica que a fertilização seja feita fora do corpo: o óvulo é fecundado pelo espermatozóide numa espécie de pequeno recipiente de vidro (de nome proveta), num ambiente controlado; sendo esta considerada uma técnica de reprodução assistida. 
Esta técnica é realizada em ambiente laboratorial colocando in vitro um número significativo de espermatozóides à volta de cada ovócito, procurando desta forma obter embriões de qualidade a transferir posteriormente para a cavidade uterina.




http://fertil.com.br/img/dot.gif
Realizada com sucesso pela primeira vez na Inglaterra em 1978 pelos Drs. Robert Edwards e Patrick Steptoe, a fertilização in vitro revolucionou todo o tratamento da infertilidade humana. A partir deste procedimento, feito de uma forma quase artesanal e técnica rudimentar, incríveis progressos surgiram nesta área. Em 1998, somente nos EUA cerca de 59.000 ciclos de FIV foram realizados, dando origem à cerca de 14.800 bebês.

As principais indicações para o uso desta técnica são as seguintes:

- Fatores masculinos: Baixa contagem de espermatozóides, baixa motilidade, distúrbios da morfologia, presença de anticorpos antiespermatozóides
- Fatores femininos: Alterações hormonais com distúrbios ovulatórios, endometriose, lesões nas trompas com obstrução
- Esterelidade sem causa aparente

A FIV consiste basicamente na retirada de óvulos do ovário da paciente, fertilização destes com o sêmen do marido no laboratório e na posterior transferência dos embriões resultantes para o útero. Para isto algumas etapas devem ser observadas:

1- A paciente deve ser cuidadosamente avaliada e todos os exames pertinentes devem ser solicitados para o procedimento ser realizado com a máxima eficiência. Dentre estes exames temos: Avaliação hormonal com exames de sangue, ultrassonografia transvaginal, histeroscopia, histerossalpingografia, colpocitologia oncótica e espermograma.

2- Após avaliação inicial, um protocolo com os medicamentos a serem administrados à paciente é elaborado para obtermos produção de um número adequado de óvulos a serem fertilizados. Durante a estimulação ovariana com estas drogas, a monitoração da paciente com ultrassonografia transvaginal seriada e exames de sangue são necessários, para podermos prever com exatidão o momento ideal de se fazer a retirada de óvulos.

3- Admissão da paciente na clínica para a aspiração de folículos e obtenção de óvulos. Neste dia, a paciente em jejum é encaminhada ao Centro Cirúrgico, num ambiente absolutamente estéril, onde é submetida a uma sedação por via endovenosa e através de ultrassonografia transvaginal podemos visualizar o ovário e os folículos. Conectado ao transdutor transvaginal está uma agulha especial que irá puncionar os folículos para obter os óvulos para o processo de fertilização. O líquido que é obtido do folículo contém o óvulo e é entregue à bióloga. Ele é examinado no microscópio e transferido para uma incubadora. Esta é uma máquina que imita o ambiente do corpo humano, onde os óvulos ficam incubados para fertilizarem após a adição de espermatozóides. Os óvulos ficam em pequenos pratos plásticos, imersos em um líquido que simula as condições da trompa da mulher, onde eles seriam normalmente fertilizados. Após a seleção e colocação dos óvulos na incubadora, uma amostra de sêmem é obtida do esposo e preparada para o processo de fertilização. Dependendo do caso, cerca de 100 a 500 mil espermatozóides são adicionados a cada prato com os óvulos e deixados por um período de 17 a 18 horas para o processo de fertilização. Após este período, os pratos são inspecionados e a presença de fertilização é confirmada pela observação de 2 pronúcleos no óvulo.

Acompanhamento diário é feito para se avaliar a evolução das divisões celulares do embrião formado.

Embrião
                                
4- Novamente a paciente é admitida na clínica para a transferência de embriões. Dependendo do caso, ela é feita entre o segundo e o sétimo dia após a retirada de óvulos. O processo consiste em colocarmos os embriões em um cateter plástico, extremamente macio e maleável, e o introduzirmos através do colo até o interior do útero onde estes são depositados. O procedimento pode em alguns casos ser guiado por ultrasom para melhor posicionamento do cateter dentro do útero. Após o procedimento, a paciente deve permanecer em repouso por um período de algumas horas na clínica e depois por cerca de 48 horas em casa.
                         
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Óvulo sendo perfurado por agulha contendo espermatozoide
                                           
A ICSI revolucionou o tratamento da infertilidade especialmente em relação ao fator masculino. A técnica consiste na injeção de um único espermatozóide dentro do citoplasma do óvulo da mulher. O procedimento só foi possível graças ao desenvolvimento de microscópios especiais e micromanipuladores que permitem através de movimentos microscópicos ultra finos, a manipulação precisa de óvulos, espermatozóides e embriões. A técnica permite que homens com taxas de espermatozóides muito baixas, sem motilidade ou pacientes com falha de fertilização em FIV anteriores possam ter sucesso em gerar filhos.

O procedimento é uma “variante” da FIV onde todas as etapas iniciais são identicas nos dois procedimentos. A diferença está exatamente no processo de fecundação do óvulo: enquanto que na FIV clássica o óvulo é incubado com cerca de 100 a 500 mil espermatozóides, na ICSI somente um espermatozóide é utilizado por óvulo.

Segundo relatório da Sociedade Americana de Fertilidade, em 1998, cerca de 16.650 ICSI foram realizadas em pacientes abaixo de 35 anos com um percentual de 35.7% de gestação. Em pacientes acima de 40 anos foram realizados 4350 procedimentos com um percentual de 10.3% de gestação.


Utilizada inicialmente para solucionar os casos mais difíceis de infertilidade masculina, a ICSI hoje está sendo utilizada em larga escala até mesmo nos casos onde não há alteração de espermatozóides. Atualmente, alguns Centros fazem unicamente ICSI em todos os casos de fertilização artificial.
                          


Prepare-se emocionalmente
Se optar pela fertilização in vitro deverá estar acompanhada por alguém que a apoie a nível emocional, e por vezes o parceiro não é suficiente; pedir ajuda psicológica poderá ser uma solução. A fertilização in vitro tem bons índices de sucesso, mas por vezes serão necessárias diversas intervenções que poderão ser dolorosas e emocionalmente desgastantes. Este tratamento é usualmente um tratamento dispendioso, por isso, saiba quando deve parar, nem que seja fazer um interregno emocional até decidir iniciar um novo tratamento.