sexta-feira, 15 de junho de 2012

Candidíase e Coceira Vaginal

Candidíase Genital  

A candidíase genital é uma infecção fúngica da vagina ou do pênis, comumente denominada “sapinho”, causada pelo fungo “Candida Albicans”. O fungo vive normalmente na pele ou nos intestinos. A partir dessas áreas, a Candida pode disseminar-se até os órgãos genitais, mas em geral, não é transmitida sexualmente, pois pode ocorrer mesmo sem relação sexual, pois o fungo é encontrado facilmente no ser humano.
A candidíase é uma causa muito comum de vaginite e tem-se tornado mais comum por causa do crescente uso de antibióticos, de contraceptivos orais e de outras drogas que alteram o ambiente vaginal e favorecem o crescimento de Candida.
A candidíase é mais comum em mulheres grávidas ou que estão menstruando e em diabéticas. Menos freqüentemente, o uso de certas drogas (p.ex., corticosteróides ou quimioterapia contra o câncer) e doenças que suprimem o sistema imunológico (p.ex., AIDS) podem facilitar a infecção.
A candidíase aparece quando a resistência do organismo cai ou quando a resistência vaginal está diminuída. Alguns fatores são facilitadores:
• antibióticos;
• gravidez;
• diabetes;
• outras infecções (por exemplo, AIDS);
• deficiência imunológica;
• medicamentos como anticoncepcionais e corticoides.


Sintomas e Diagnóstico
As mulheres com candidíase genital geralmente apresentam coceira ou irritação vaginal e vulvar e podem apresentar secreção vaginal que geralmente tem cheiro forte. A vulva pode tornar-se avermelhada e com edemas. A pele pode ficar em carne viva e apresentar fissuras.
Na maioria dos casos, a parede vaginal encontra-se recoberta por um material caseoso (semelhante ao queijo), mas pode também continuar a apresentar um aspecto normal. Geralmente, os homens são assintomáticos, mas a glande e o prepúcio (em homens não circuncidados) podem estar feridos e irritados, em especial após a relação sexual. Às vezes, os homens podem observar uma discreta secreção uretral.
A glande e o prepúcio podem apresentar pequenas feridas com crostas e podem ser recobertos por uma material caseoso.
O médico pode estabelecer rapidamente o diagnóstico pela coleta de amostras da vagina ou do pênis e pelo exame microscópico das mesmas. As amostras também podem ser enviadas a laboratório para cultura.

Tratamento
Nas mulheres, a candidíase pode ser tratada através da lavagem vaginal com água e sabão, secando-se a área em seguida com uma toalha limpa e aplicando-se um creme antifúngico que contenha o clotrimazol, o miconazol, o butoconazol ou tioconazol e terconazol. Como alternativa, o cetoconazol, o fluconazol ou o itraconazol podem ser administrados pela via horal.
Nos homens, o pênis (e o prepúcio em homens não-circuncidados) devem ser lavados e secos antes da aplicação de um creme antifúngico (contendo, por exemplo, nistatina).
Algumas vezes, as mulheres que fazem uso de contraceptivos orais devem interromper o seu uso por vários meses durante o tratamento para candidíase vaginal, pois essas drogas podem piorar a infecção. As mulheres que apresentam um risco inevitável de candidíase vaginal (p.ex., aquelas com comprometimento do sistema imunológico ou aquelas que vêm utilizando antibióticos durante um longo tempo) podem necessitar de uma droga antifúngica ou de uma outra terapia preventiva




Outras causas de coceira Vulvar
Existem diversas outras causas de corrimento e de coceira vulvar sem corrimento:
a) Um dos mais comuns é o corrimento por excesso dos Bacilos de Doderlein, o qual dá os mesmos sintomas da cândida, mas o tratamento é diferente. Bacilos de Doderlein são bacilos normais da vagina, que se alimentam de glicogênio, produzidos pelas células vaginais estimuladas pelos hormônios femininos.
Esses bacilos são importantes pois produzem ácido lático, o que mantém a pH da vagina ácido para evitar a proliferação de outras bactérias causadoras de doenças.
b) Outra causa seria a vaginite atrófica, causada por carência dos hormônios femininos na menopausa.
c) Vaginite atrófica, causada por alteração dos  hormônios na gravidez, no parto e da amamentação).
d) Vaginite irritativa, que é provocada por atrito da camisinha, diafragma, espermaticida, químicos do gel lubrificante, uso constante de absorvente externo e interno.
e) Vulvovaginite alérgica provocada por calcinhas de lycra, nylon e outros tecidos sintéticos, roupas apertadas, meias calça, produtos químicos contidos no corante das roupas.


É muito importante que a própria mulher tente descobrir qual a causa de seu corrimento, experimentando tirar os fatores irritantes um a um. 
A automedicação, sem orientação médica, é uma das principais causas de corrimentos crônicos.

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